Aqui, onde os vales abraçam o céu,
E as cascatas deslizam como versos de Deus,
Onde a brisa canta entre montanhas e flores,
E o tempo pinta cores que ninguém desfez.
Mas também aqui, onde a terra respira,
O homem sufoca a pureza do chão,
Os rios que um dia foram vida e caminho,
Agora choram veneno e escuridão.
Os cães esquecidos em frias correntes,
São sombras que ladram à solidão,
Enquanto rezam com falsa devoção,
E espalham veneno sem hesitação.
A alegria morreu onde o comboio passava,
O cinema calou-se, a cultura partiu,
Os jovens sem asas, sem palco, sem arte,
Num sítio onde o tempo nunca evoluiu.
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